quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

O Vestuário Português dos séculos XV e XVI

O que vestiam os portugueses? como se vestiam? como paravam as modas? O que vestiam o rei e a rainha? E tu o que vestirias se vivesses naquele tempo?

   Nem toda a gente podia vestir o que lhe  apetecesse. Existiam as pragmáticas,  ou seja, regulamentos do vestuário, que os reis  mandavam publicar  de tempos a tempos, impondo uma  determinada maneira de vestir conforme  a classe social a que  se pertencia. Havia  tecidos para todos os  gostos e  carteiras, desde os cetins aos veludos, como sedas ou damasco  para os nobres,  ou linho e pano-cru  para o povo. Durante o século  XV e  XVI os motivos  decorativos eram folhagens, flores  e frutos,  bem  como figuras geométricas. Os alfaiates, responsáveis  pela confeção da indumentária,   eram mestres especializados e tidos em grande consideração: A necessária habilidade exigida a estes oficiais, sujeitava-os a um rigoro-so exame, sem o qual não lhes seria passada a carteira profissional.
   As peças do vestuário feminino eram pesadas, pouco práticas e  encobriam   as silhuetas dos pés à ca-beça. A roupa interior resumia-se a uma camisa larga e de tecido fino. Os saios e pelotes, semelhantes a um vestido comprido, eram bastante usados.    As cotas e as opas eram mais utilizadas pelas classes al-tas. Para se cobrirem,  as mulheres usavam uma grande variedade de mantos e capas e quase nunca an-davam de cabeça descoberta.  Esmeravam-se nos toucados e calçavam chapins,  borzeguins  ou pantufos de seda. As damas da corte  completavam a sua indumentária  com uma grande variedade de acessórios e adornos.
   As peças do vestuário masculino eram as mais elegantes.  Como roupa interior os homens usavam ca-misas ou fraldilhas e ainda as braguilhas, uma vez que as calças não  tinham cós.  O vestuário mais sim-ples  era  composto  pelas camisas e pelotes,  reservando-se  o uso  dos  gibões – antepassado da nossa atual camisa – e opas para as classes  mais abastadas.  Eram famosas as calças bragas.  No  século XVI surgem em força, os calções. Os mantos  e capas eram usados por todos,  bem  como o hábito de cobri-rem a cabeça. Pontilhas, botas, chapins e  borzeguins constituíam  a maior parte do calçado.  Os homens também utilizavam muitos acessórios e adornos.
   O vestuário distinguia as classes sociais. A indumentária real era a mais deslumbrante,  pois  ninguém se podia vestir melhor que o rei.   Os nobres também tinham acesso a todo o luxo possível.  A burguesia vestia-se  de  maneira proporcional  à sua ascensão social, por vezes melhor, por vezes pior.  As pessoas do povo eram as mais mal vestidas, devido à sua miserável condição social e económica. 


FONTE; https://ncultura.pt/trajes-tradicionais-portugueses/

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