A
moda na Renascença
Os tempos agora são outros e no que diz
respeito às roupas, estas também mudaram. As cortes Europeias já estavam muito
bem estabelecidas e, sendo assim, houve uma identidade própria de cada país nos
seus respectivos hábitos de cobrirem o corpo e adornarem-se. A um primeiro momento, as cortes que mais
influenciavam a moda, eram especificamente as italianas, mas com o
desenvolvimento e as mudanças neste sector as cortes alemãs, francesas e
inglesas adquiriram uma maior importância.
A moda da era gótica medieval do século XV,
nunca havia sido totalmente aceita na Itália, fazendo assim seus hábitos
diferirem notavelmente do restante da Europa Norte.
O cabelo era fator muito importante do
visual renascentista. Um grande costume feminino foi acentuar a testa não só
esticando os cabelos para trás como também chegando a raspá-los mais próximos
do alto da face.
Numa vertente mais económica, um reflexo
do grande luxo produzido pelas indústrias têxtil da época, foram as mangas que
eram destacáveis e poderiam ser anexadas normalmente com auxílio
de laços ou botões. Normalmente eram apertadas
do pulso até o cotovelo, com ombros bufantes e aberturas exibindo inserções
coloridas.
Comerciantes e navegadores praticavam o
comercio em rotas asiáticas e via oceano. Eles trouxeram do oriente para a
Europa, sedas, brocados, novas técnicas de tingimento, temperos, perfumes e jóias
nunca antes vistas. Devido às transações comerciais, apesar
das peculiaridades, a moda teve uma certa similaridade, quando um povo acaba
influenciando outros.
Durante o século XVI, o Norte da Europa e as Ilhas Britânicas tiveram um
período de frio extremo, fazendo com que as roupas passassem a ter mais camadas
de tecidos, inclusive bem pesados. As silhuetas são amplas, de forma cônica
para as mulheres e larga na parte dos ombros para os homens, obtida através de
golas e mangas largas. Usavam uma camisa de linho (chemise), um gibão que
expunha as mangas do chemise, meias calças que eram como os leggings dos tempos
atuais e um vestido tipo capa que era aberto na frente e de mangas curtas, podendo
ir até o tornozelo e posteriormente até os joelhos.
Na Inglaterra, a moda
feminina na época da Era Tudor, tinha contrastes, pois cada esposa do Rei
Henrique VIII, era de uma nacionalidade. Ana Bolena usava a moda francesa e
Catarina de Aragão, a moda espanhola. Na moda espanhola os vestidos
tinham a cintura natural e corpete de ponta em V, os espartilhos não eram
para apertar e deformar o corpo como na Era Vitoriana, mas para dar
postura rígida. As saias eram elaboradas e volumosas. Chapéus, capuzes e redes
de cabeça eram os acessórios.
Enquanto na moda francesa, havia vestidos com decote
quadrado que revelava a chemise junto à pele e tinha mangas justas. Esse traje
evoluiu para um espartilho e a frente da saia exibindo bordados e enfeites, as
mangas se tornaram justas em cima e largas embaixo, ao estilo trompete. Como
acessórios de cabeça, muitos véus cobrindo o cabelo e capas. Os cabelos,
separados no meio ou torcidos sob o véu. Havia um adorno chamado capelo,
arredondado que mostrava a parte dianteira da cabeça.
Na Moda geral era frequente o uso de decotes
muito acentuados, não só no sexo feminino mas também no masculino. As cores das roupas costumavam
ser vibrantes, mas a moda espanhola, ajustada e sombria devido ao gosto do
Imperador Carlos V pela sobriedade, ficou em voga no fim do reinado de
Henrique, assim como no reinados de seus dois filhos que o sucederam: o do rei menino
Eduardo VI e Maria Tudor. Então, entrou em voga uma silhueta ainda mais rígida
fazendo as pessoas encorparem suas roupas usando enchimentos de trapos, feno e
outros resíduos; essa postura altiva, abriu caminho para o aparecimento do
rufo, uma espécie de gola, constituída por uma grande
roda em tecido, geralmente branco e ornamentado por rendas. Estes eram símbolos
específicos da grandiosidade, do luxo e principalmente do prestigio social, da
elevada estirpe a que pertenciam.
FONTE; http://modanosseculos.blogspot.com/
FONTE; http://modanosseculos.blogspot.com/
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